AS GERAÇÕES E O  CORONA VIRUS

Heliana Comin Vargas

Postado no facebook  em 12/04/2020

Aqueles nascidos entre as décadas de 1940 e 1960 tiveram que enfrentar, na infância, o medo da paralisia infantil e da varíola entre outras doenças. Vimos muitos irmãos, primos e vizinhos terem suas vidas marcadas por essas doenças. Sobrevivemos e vimos as vacinas surgirem! Sim, vacinamos todos os nossos filhos e, praticamente, eliminamos algumas dessas doenças do planeta. No entanto, posteriormente, parte de uma geração mais nova, longe do problema, resolveu que as vacinas não eram tão necessárias. Não vacinaram seus filhos e as doenças começaram a voltar, como o Sarampo.

Na  juventude, aquela mesma geração, a minha,  inventou a liberação feminina, o amor livre e outras tantas liberdades hoje usufruídas. Mas, mais uma vez, teve que enfrentar o surgimento da AIDS, que matou muitos dos nossos amigos. Pois bem, tivemos que limitar nossa liberdade e nos prevenirmos, e também inventamos um medicamente  altamente eficiente, mas que não impede o contágio.  A princípio,  conseguimos frear o avanço da doença até que  uma nova geração voltasse a ignorar o problema. Não somente a AIDS tem avançado como também outras doenças como a Sífilis voltaram a crescer.

Na entrada século XXI, começamos a reinventar a velhice! Conseguimos  estar  livres, deslumbrantes  e em movimento físico e mental. Pudemos ganhar a liberdade para viajar, dançar, amar e para decidir onde e quando ir.  Mas, não! Parece que o Corona vírus chega como mais  uma ameaça a nos desafiar. Ele quer nos obrigar a permanecer confinados e isolados sem curtir o melhor da vida. Mais cruel, ainda,  porque tudo indica que somos nós seu público alvo mais frágil. Lembrando, no entanto, que quando não estamos confinados, estamos  a frente na tentativa de controle dessa pandemia, nos laboratórios , nos hospitais, no comando das  forças tarefas,  junto com os jovens que formamos.

Vamos vencer mais essa! E vamos sobreviver!

Que a geração mais nova não se esqueça de que as regalias de hoje são conquistas de ontem! Por favor, se sua atuação não for essencial, fique em casa!